filosofias sapatão
construções decoloniais a partir do não-lugar
DOI:
https://doi.org/10.54871/cl4c108aPalavras-chave:
decolonialidade, filosofias sapatão, não-lugarResumo
A decolonialidade é a reivindicação/desinvisibilização de um não-lugar criado por processos normativos tidos como inevitáveis e naturalizados. Interpretando a cisheteronorma enquanto instituição e regime, pode-se entender as experiências lésbicas enquanto práticas decolonizadoras. O não-lugar lésbico pode ser interpretado, através de uma leitura de Wittig, a partir das categorias heterossexuais de sexo e/ou gênero e como elas submetem as lésbicas à uma dupla acusação: as lésbicas não são mulheres o suficiente, mas, ao mesmo tempo, não são homens (já que não possuem falo e, portanto, poder). O que pretende este ensaio é fazer, a partir do não-lugar agora lugar, uma tradução que os corpo e existências lésbicas já fazem. Frente à isso, como as sapatão se articulam enquanto existências filosóficas? Uma das respostas possíveis a essa indagação é a de pensar nas existências, no processo de nomear, relacionar, entre tantos, enquanto formas válidas de realização de leituras sobre o mundo real.
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